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Vasectomia: O que é, como é feita e cuidados pré e pós-operatórios

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Vasectomia: O que é, como é feita e cuidados pré e pós-operatórios

Imagem: Shutterstock

Procedimento de esterilização masculina, a vasectomia é um método contraceptivo cirúrgico seguro e eficaz

"Vasectomia" em inglês em cima de mesa branca
Imagem: Shutterstock

A vasectomia é um procedimento cirúrgico que tem a finalidade exclusiva de esterilização do homem, ou seja, o tornando impossibilitado de ter filhos naturalmente. Sem afetar a ereção, essa cirurgia promove uma interrupção no transporte dos espermatozoides.

Recentemente, a lei que regula os procedimentos de esterilização – como a vasectomia e a laqueadura – passou por alterações nos critérios, diminuindo a idade mínima para se submeter à cirurgia e suspendendo a necessidade de autorização do cônjuge. Essas mudanças e outros temas serão abordados neste texto.

Quando o procedimento é indicado?

Essa cirurgia é indicada para homens que não desejam mais ter filhos, pois a vasectomia é considerada um método contraceptivo definitivo, ou seja, uma esterilização. Assim, é preciso ter essa decisão muito bem definida, pois embora seja possível fazer procedimentos de reversão no futuro, não há garantias de que a recanalização dos ductos deferentes terá o sucesso desejado.

Critérios para realizar a vasectomia no Brasil

Os critérios brasileiros para realizar a vasectomia fazem parte da lei n. 9.263/1996 (Lei do Planejamento Familiar) e estão expostos abaixo, incluindo as alterações realizadas em setembro de 2022, que entrarão em vigor em março de 2023 (180 dias após a publicação da norma):

  • A submissão ao procedimento cirúrgico de esterilização deve ser voluntária;
  • O homem deve ter pelo menos 25 anos de idade ou prole constituída de pelo menos dois filhos vivos. Com a entrada da nova norma em vigor, a idade mínima passa para 21 anos;
  • Deve haver um prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade ao médico e a realização do procedimento;
  • Haver estabilidade conjugal, caso o paciente esteja em um relacionamento;
  • Na versão atual, ainda é preciso a permissão do cônjuge para fazer a cirurgia, mas, com as mudanças recentes, isso será dispensado.

Cuidados antes da vasectomia

Para que a vasectomia ocorra sem qualquer complicação, o primeiro cuidado a se ter é buscar manter-se longe de aglomerações por cerca de 15 dias antes do procedimento, visto que pacientes com COVID-19 ou sintomas gripais devem ter a cirurgia reagendada.

Além disso, é preciso fazer jejum completo de oito horas (devido à anestesia), evitar o consumo de álcool e alimentos pesados na véspera, e, de forma preferencial, levar um acompanhante no dia do procedimento.

Como a vasectomia é feita?

Para impedir que os espermatozoides produzidos no testículo circulem e sejam ejaculados, a vasectomia consiste em seccionar os ductos deferentes, por onde os gametas masculinos passam para a uretra durante a ejaculação. Portanto, o homem continua ejaculando normalmente, porém sem a presença de espermatozoides.

Esse procedimento é simples, demanda apenas anestesia local ou sedação e leva cerca de 30 minutos para ser feito.

Pós-operatório do procedimento

O pós-operatório imediato não demanda internação nem observação, ou seja, o paciente recebe alta assim que a vasectomia é finalizada. Além disso, não são necessários cuidados específicos, apenas sendo prescritos analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos para prevenir infecções.

No entanto, é preciso que, por pelo menos 60 dias após o procedimento, o casal utilize outros métodos contraceptivos, visto que os gametas podem permanecer vivos dentro do trato reprodutivo masculino (após a área onde os ductos foram seccionados) por um tempo.

Vantagens da vasectomia

Segundo o Sistema Único de Saúde (SUS), em 2018 foram realizadas quase 37 mil cirurgias de vasectomia no Brasil, pois se trata de um procedimento que tem muitas vantagens, tais como:

  • É uma cirurgia rápida e de baixa complexidade;
  • Complicações pós-operatórias são raras;
  • É uma forma segura de evitar a gravidez;
  • Não há impacto na performance sexual;
  • É mais simples que uma laqueadura, sendo preferência dos casais.

Vida sexual após a vasectomia

A vasectomia é um procedimento que não interfere em nada na vida sexual do homem, pois a secção ocorre apenas nos ductos deferentes, que fazem o transporte dos espermatozoides para a uretra. Assim, por não haver alterações na inervação e nem na vascularização do pênis, não há impacto na ereção.

Porém, é preciso lembrar que a vasectomia é um método que previne a gravidez, mas não previne Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Assim, relações sexuais casuais devem sempre ser feitas com camisinha.

Reversão da vasectomia

Existe uma parcela de homens que se arrepende de realizar a vasectomia alguns anos mais tarde e que buscam, portanto, reverter o procedimento. Porém, é preciso ter em mente que esse é um método de esterilização definitivo e que não há garantias de sucesso para a sua reversão. Por esse motivo, é preciso refletir muito sobre a decisão antes de se submeter à vasectomia e, caso haja o arrependimento, é preciso procurar um urologista para fazer um novo procedimento cirúrgico com auxílio de microscópio, que ligará novamente os canais deferentes.

Segundo o Ministério da Saúde, para aqueles que fazem a cirurgia de reversão da vasectomia, após 3 anos do procedimento de esterilização, a probabilidade de conseguir engravidar a parceira é de 76%. Porém, esse número vai reduzindo com o passar dos anos, chegando a 30% se a recanalização for feita 15 anos depois da data da vasectomia.

Nos casos em que o casal não consegue engravidar após a cirurgia de reversão, a solução é aderir à Reprodução Assistida. Se for identificado que o homem preserva sua capacidade de produzir espermatozoides, esses gametas podem ser captados por técnicas diversas, sendo a Aspiração Percutânea de Espermatozoides do Epidídimo (PESA) a preferencial, para então realizar a Fertilização in Vitro.

Entre em contato com os especialistas da clínica BedMed e saiba mais sobre esse e outros assuntos.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Urologia;

Ministério da Saúde.

 

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