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A anatomia do útero afeta a fertilidade?

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A anatomia do útero afeta a fertilidade?

Imagem: Shutterstock

Entenda como a malformação uterina materna pode prejudicar o desenvolvimento de uma gravidez saudável.

Médica com máscara segura modelo de útero
Imagem: Shutterstock

Mulheres com o sonho de engravidar podem passar por alguns desafios até conseguirem alcançar a maternidade. As pacientes que sofrem diversos abortos espontâneos ou falhas recorrentes na implantação do embrião podem se deparar com uma afirmação frequente nos consultórios: a anatomia do útero afeta a fertilidade.

Isso porque o útero é o responsável por manter a gestação durante todo o período gestacional, sendo a casa do feto enquanto ele se desenvolve após a fecundação na tuba uterina. Por isso, quando há uma malformação uterina, a obtenção ou manutenção da gravidez podem ficar prejudicadas.

É comum que esse diagnóstico seja frequentemente associado a uma dificuldade para engravidar ou ao abortamento de repetição. Para entender como a anatomia do útero pode afetar a fertilidade, continue a leitura.

O que são malformações uterinas?

As malformações uterinas, também chamadas de malformações Mullerianas, correspondem a um espectro de alterações promovidas por uma fusão embriológica defeituosa ou falhas na recanalização dos ductos de Muller durante o processo de embriogênese (formação embrionária). Vale lembrar que o processo de desenvolvimento embriológico dos ductos de Muller ocorre até a 12° semana de gravidez.

É possível identificar a presença da malformação uterina por meio de diversos exames, tais como:

  • Exames de imagem, como a ultrassonografia pélvica transvaginal;
  • Ressonância nuclear magnética da pelve;
  • Tomografia computadorizada da pelve;
  • Histeroscopia.

Tipos de alterações na anatomia do útero

Em linhas gerais, para entender se a anatomia do útero afeta a fertilidade, antes é preciso compreender as quatro principais alterações uterinas:

Útero didelfo

Esse também é conhecido como útero duplo, já que é formado por duas cavidades uterinas e dois colos uterinos.

É comum que esse tipo de útero didelfo esteja relacionado a maiores chances de parto prematuro ou aborto espontâneo, já que o feto encontra menos espaço dentro do útero da mãe para seu desenvolvimento.

Útero bicorno

Acontece quando o útero se divide em duas porções, lembrando o formato de um desenho de coração.

A gestação que acontece nesse tipo de útero pode vir acompanhada de maiores chances de abortos de repetição, já que o útero não consegue aumentar de tamanho com facilidade e o bebê encontra dificuldade para se desenvolver.

Útero unicorno

Uma das formas mais raras de malformação uterina acontece quando o útero tem apenas metade do tamanho usual. Essa característica da anatomia do útero afeta a fertilidade porque a mulher com esse tipo de útero tem apenas ligação com uma tuba uterina, mas dois ovários, o que dificulta a gravidez.

Útero septado

Essa é a malformação uterina mais encontrada em mulheres. Sua anatomia consiste em uma cavidade uterina separada por uma parede fibrosa, denominada de septo uterino. A malformação está associada a um maior risco de abortamento, parto prematuro e alterações obstétricas, como restrição de crescimento uterino, má apresentação, descolamento de placenta e mortalidade perinatal.

O surgimento do septo uterino ocorre por uma falha na reabsorção do tecido conectivo dos ductos de Muller antes da 20ª semana de desenvolvimento fetal. O septo uterino é composto primariamente por fibras musculares e menos tecido conectivo (fibrose).

Como a anatomia do útero pode influenciar a fertilidade?

É um consenso entre os profissionais médicos que a anatomia do útero afeta a fertilidade. Isso acontece porque todas as malformações uterinas podem comprometer a fertilidade da mulher ou o desenvolvimento do feto no útero.

No caso do útero unicorno, as chances de infertilidade estão relacionadas à redução do volume uterino e à ausência de conexão com uma tuba uterina, responsável pelo processo de fecundação.

Já os outros tipos de malformação uterina estão relacionados a altos índices de abortos espontâneos ou partos prematuros.

Reprodução Humana para lidar com malformações uterinas

Quando acontece qualquer um dos quatro tipos de malformações uterinas, a evolução da gestação pode ficar comprometida, mas hoje existem técnicas avançadas de Reprodução Humana que podem fazer com que o fato de que a anatomia do útero afeta a fertilidade não seja um problema.

Entre os principais tratamentos disponíveis, podemos citar:

  • Fertilização in vitro: quando a fecundação acontece em laboratório;
  • Intervenção cirúrgica: possível para a correção de casos específicos de malformações, como no caso do útero septado, por exemplo.

Para entender como a anatomia do útero afeta a fertilidade e conhecer as possibilidades de tratamento, converse com um especialista da sua confiança.

Entre em contato com os especialistas da clínica BedMed e saiba mais sobre esse e outros assuntos.

Fonte:

Associação Brasileira de Reprodução Assistida.

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