O aborto retido pode ter diferentes causas, sendo muitas vezes resultante de uma combinação de fatores
O aborto espontâneo, também conhecido como aborto natural, é a interrupção não intencional de uma gravidez antes que o feto possa sobreviver fora do útero, geralmente ocorrendo nas primeiras 20 semanas de gestação. É um processo prevalente, afetando cerca de 10% a 20% das gestações clinicamente reconhecidas.
O aborto pode se manifestar de diversas formas, sendo uma delas o aborto retido, em que o corpo não expulsa os produtos da concepção de forma imediata. Esse aspecto específico do aborto retido se destaca pela complexidade médica e psicológica, exigindo cuidados especializados e um suporte emocional adequado para as mulheres que enfrentam essa experiência.
Quero saber mais sobre o aborto retido!
Índice
O que é aborto retido?
O aborto retido é uma condição médica que ocorre quando um embrião ou feto deixa de se desenvolver, mas o corpo da mulher não expulsa o tecido fetal ou placentário. Isso geralmente acontece nas primeiras semanas de gestação e pode ser diagnosticado por meio de ultrassom, quando não há mais batimentos cardíacos fetais ou desenvolvimento fetal visível.
Quando ocorre um aborto retido, a gestação não progride, mas o corpo pode não reconhecer imediatamente a perda, mantendo os sinais de gravidez por um tempo. Em alguns casos, a mulher pode não apresentar sintomas imediatos, enquanto em outros pode ocorrer sangramento vaginal ou cólicas.
O que pode causar o aborto retido?
O aborto retido pode ser causado por uma variedade de fatores, tais como:
- Anomalias cromossômicas ou genéticas no embrião ou feto;
- Problemas estruturais no útero;
- Problemas hormonais;
- Doenças crônicas, como diabetes, doenças autoimunes ou distúrbios da tireoide;
- Infecções bacterianas, virais ou parasitárias;
- Idade avançada da gestante;
- Condições autoimunes ou desequilíbrios no sistema imunológico;
- Exposição a toxinas ambientais, substâncias químicas ou radiação.
É importante ressaltar que muitas vezes a causa específica de um aborto retido não pode ser identificada. Muitos casos são atribuídos a uma combinação de fatores.
Quais são os sintomas de um aborto retido?
Os sintomas de um aborto retido podem variar de mulher para mulher, podendo incluir:
- Sangramento vaginal, muitas vezes acompanhado por coágulos;
- Cólicas abdominais;
- Interrupção dos sintomas de gravidez;
- Ausência de movimentos fetais;
- Ausência de batimentos cardíacos fetais.
Existem casos de aborto retido em que não há sintomas evidentes. Em tais casos, a perda pode ser descoberta durante um exame de rotina ou ultrassonografia de acompanhamento onde não se detecta o desenvolvimento fetal esperado.
Como o diagnóstico é confirmado?
O diagnóstico de aborto retido geralmente é confirmado por meio de exames clínicos e de imagem. Os passos típicos para confirmação desta ocorrência incluem:
- Ultrassonografia pélvica transvaginal;
- Exame clínico para verificar se há sangramento vaginal, avaliar o tamanho do útero e verificar se há outros sinais físicos que possam indicar um aborto retido;
- Exames laboratoriais, incluindo dosagem do hormônio BHCG;
- Acompanhamento, recomendado para casos nos quais não há certeza diagnóstica imediata.
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O aborto retido apresenta riscos para uma gravidez futura?
Isoladamente, um aborto retido não aumenta significativamente o risco de complicações em gestações futuras. A maioria das mulheres que passam por um aborto retido pode esperar ter uma gravidez subsequente saudável e bem-sucedida. No entanto, alguns pontos importantes a considerar incluem:
- Presença de condições médicas subjacentes, como problemas hormonais, anomalias uterinas ou questões genéticas;
- Idade materna avançada (geralmente acima de 35 anos);
- Suporte emocional para que a mulher saiba lidar com a perda antes de tentar conceber novamente;
- Monitoramento pré-natal.
Como tratar o aborto retido?
O tratamento do aborto retido depende da situação clínica da mulher e da análise individualizada de cada caso. As opções de tratamento incluem:
- Manejo expectante para que o corpo expulse o tecido fetal de forma espontânea (não sendo indicado por um período superior a um mês devido aos riscos de infecção e de distúrbios de coagulação);
- Manejo medicamentoso, no qual é administrado um medicamento para acelerar o processo de expulsão do tecido fetal;
- Curetagem uterina ou aspiração manual intrauterina (AMIU), procedimento que envolve a remoção cirúrgica do tecido fetal e placentário do útero.
Além do tratamento físico, é essencial fornecer suporte emocional à mulher e ao casal durante esse período desafiador. O aborto retido pode ser uma experiência emocionalmente difícil, e muitas mulheres podem se beneficiar de aconselhamento ou apoio psicológico para lidar com a perda e ajudar na recuperação emocional.
Riscos de não tratar o aborto retido
Não tratar um aborto retido pode oferecer vários riscos para a saúde física e emocional da mulher. Isso porque o tecido fetal ou placentário retido no útero pode se tornar um foco de infecção que, quando não tratada adequadamente, pode se tornar grave. A presença de tecido fetal ou placentário no útero pode causar sangramento uterino prolongado e intenso, o que pode resultar em anemia se não for tratado adequadamente.
Além disso, não tratar um aborto retido pode prolongar o processo de luto e afetar negativamente a saúde mental da mulher. A experiência de lidar com a perda sem um fechamento físico adequado pode ser emocionalmente desafiadora e pode contribuir para problemas como ansiedade, depressão e dificuldades emocionais futuras.
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Fontes: