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Aborto retido: quais as causas?

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Aborto retido: quais as causas?

Imagem: Shutterstock

O aborto retido pode ter diferentes causas, sendo muitas vezes resultante de uma combinação de fatores

O aborto espontâneo, também conhecido como aborto natural, é a interrupção não intencional de uma gravidez antes que o feto possa sobreviver fora do útero, geralmente ocorrendo nas primeiras 20 semanas de gestação. É um processo prevalente, afetando cerca de 10% a 20% das gestações clinicamente reconhecidas.

O aborto pode se manifestar de diversas formas, sendo uma delas o aborto retido, em que o corpo não expulsa os produtos da concepção de forma imediata. Esse aspecto específico do aborto retido se destaca pela complexidade médica e psicológica, exigindo cuidados especializados e um suporte emocional adequado para as mulheres que enfrentam essa experiência.

Quero saber mais sobre o aborto retido!

O que é aborto retido?

O aborto retido é uma condição médica que ocorre quando um embrião ou feto deixa de se desenvolver, mas o corpo da mulher não expulsa o tecido fetal ou placentário. Isso geralmente acontece nas primeiras semanas de gestação e pode ser diagnosticado por meio de ultrassom, quando não há mais batimentos cardíacos fetais ou desenvolvimento fetal visível.

Quando ocorre um aborto retido, a gestação não progride, mas o corpo pode não reconhecer imediatamente a perda, mantendo os sinais de gravidez por um tempo. Em alguns casos, a mulher pode não apresentar sintomas imediatos, enquanto em outros pode ocorrer sangramento vaginal ou cólicas.

O que pode causar o aborto retido?

O aborto retido pode ser causado por uma variedade de fatores, tais como:

  • Anomalias cromossômicas ou genéticas no embrião ou feto;
  • Problemas estruturais no útero;
  • Problemas hormonais;
  • Doenças crônicas, como diabetes, doenças autoimunes ou distúrbios da tireoide;
  • Infecções bacterianas, virais ou parasitárias;
  • Idade avançada da gestante;
  • Condições autoimunes ou desequilíbrios no sistema imunológico;
  • Exposição a toxinas ambientais, substâncias químicas ou radiação.

É importante ressaltar que muitas vezes a causa específica de um aborto retido não pode ser identificada. Muitos casos são atribuídos a uma combinação de fatores.

Quais são os sintomas de um aborto retido?

Os sintomas de um aborto retido podem variar de mulher para mulher, podendo incluir:

  • Sangramento vaginal, muitas vezes acompanhado por coágulos;
  • Cólicas abdominais;
  • Interrupção dos sintomas de gravidez;
  • Ausência de movimentos fetais;
  • Ausência de batimentos cardíacos fetais.

Existem casos de aborto retido em que não há sintomas evidentes. Em tais casos, a perda pode ser descoberta durante um exame de rotina ou ultrassonografia de acompanhamento onde não se detecta o desenvolvimento fetal esperado.

Como o diagnóstico é confirmado?

O diagnóstico de aborto retido geralmente é confirmado por meio de exames clínicos e de imagem. Os passos típicos para confirmação desta ocorrência incluem:

  • Ultrassonografia pélvica transvaginal;
  • Exame clínico para verificar se há sangramento vaginal, avaliar o tamanho do útero e verificar se há outros sinais físicos que possam indicar um aborto retido;
  • Exames laboratoriais, incluindo dosagem do hormônio BHCG;
  • Acompanhamento, recomendado para casos nos quais não há certeza diagnóstica imediata.

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O aborto retido apresenta riscos para uma gravidez futura?

Isoladamente, um aborto retido não aumenta significativamente o risco de complicações em gestações futuras. A maioria das mulheres que passam por um aborto retido pode esperar ter uma gravidez subsequente saudável e bem-sucedida. No entanto, alguns pontos importantes a considerar incluem:

  • Presença de condições médicas subjacentes, como problemas hormonais, anomalias uterinas ou questões genéticas;
  • Idade materna avançada (geralmente acima de 35 anos);
  • Suporte emocional para que a mulher saiba lidar com a perda antes de tentar conceber novamente;
  • Monitoramento pré-natal.

Como tratar o aborto retido?

O tratamento do aborto retido depende da situação clínica da mulher e da análise individualizada de cada caso. As opções de tratamento incluem:

  • Manejo expectante para que o corpo expulse o tecido fetal de forma espontânea (não sendo indicado por um período superior a um mês devido aos riscos de infecção e de distúrbios de coagulação);
  • Manejo medicamentoso, no qual é administrado um medicamento para acelerar o processo de expulsão do tecido fetal;
  • Curetagem uterina ou aspiração manual intrauterina (AMIU), procedimento que envolve a remoção cirúrgica do tecido fetal e placentário do útero.

Além do tratamento físico, é essencial fornecer suporte emocional à mulher e ao casal durante esse período desafiador. O aborto retido pode ser uma experiência emocionalmente difícil, e muitas mulheres podem se beneficiar de aconselhamento ou apoio psicológico para lidar com a perda e ajudar na recuperação emocional.

Riscos de não tratar o aborto retido

Não tratar um aborto retido pode oferecer vários riscos para a saúde física e emocional da mulher. Isso porque o tecido fetal ou placentário retido no útero pode se tornar um foco de infecção que, quando não tratada adequadamente, pode se tornar grave. A presença de tecido fetal ou placentário no útero pode causar sangramento uterino prolongado e intenso, o que pode resultar em anemia se não for tratado adequadamente.

Além disso, não tratar um aborto retido pode prolongar o processo de luto e afetar negativamente a saúde mental da mulher. A experiência de lidar com a perda sem um fechamento físico adequado pode ser emocionalmente desafiadora e pode contribuir para problemas como ansiedade, depressão e dificuldades emocionais futuras.

Para saber mais a respeito do assunto, entre em contato e agende uma consulta.

 

Fontes:

Ministério da Saúde

Fiocruz

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