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Aborto Espontâneo: Sintomas, causas e tratamentos

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Aborto Espontâneo: Sintomas, causas e tratamentos

Imagem: Shutterstock

Conheça as principais característica do fim involuntário da gestação e quando se pode engravidar novamente após um processo de perda gestacional precoce.

Mulher triste deitada ao lado de sapatos de bebês
Imagem: Shutterstock

O aborto espontâneo é uma perda involuntária da gestação que pode ocorrer nas primeiras vinte semanas de gravidez. Pode ser precoce, quando ocorre nas primeiras 12 semanas, ou tardio, quando se dá entre a 12ª e a 20 ª semana da gestação. Infelizmente, de acordo com dados estatísticos, entre 10 e 20% de todas as gravidezes resultam em um processo de abortamento espontâneo.

Algumas causas e fatores de risco podem estar relacionados a um risco aumentado de aborto espontâneo. É um momento muito sensível para a mulher que o sofre, pois pode levá-la a intensas dores emocionais e incertezas quanto à possibilidade de obtenção de uma nova gestação.

Causas do aborto espontâneo

A maioria dos casos de aborto espontâneo não apresenta uma etiologia conhecida (casos idiopáticos). Dentre as possíveis causas conhecidas, a mais comum ocorre por alterações decorrentes de algum defeito genético do embrião, como malformações cromossômicas.

Entretanto, durante a gravidez ocorrem relações de trocas do feto com o corpo materno. Por isso, alguns casos de aborto espontâneo podem ter relação direta com alterações na saúde da mulher, tais como:

  • Alterações na estrutura uterina;
  • Doenças que fazem com que o sangue se coagule facilmente;
  • Uso de álcool, tabagismo e outras substâncias;
  • Idade acima de 35 anos;
  • Infecções e doenças como diabetes e hipertensão;
  • Alterações hormonais;
  • Fator Rh negativo em contraste com o Rh positivo do feto – em mães previamente sensibilizadas (eritroblastose fetal).

Sintomas

Os principais sintomas do aborto espontâneo são cólicas causadas pela contração do útero e sangramento vaginal mais intenso. Dores nas costas e na pelve também podem estar presentes em alguns casos.

Cerca de metade das mulheres que apresentam sangramento vaginal nas primeiras 20 semanas de gravidez sofre aborto espontâneo. A presença de muco ou coágulos no sangramento é um sinal de alerta para o aborto. Em meio ao material eliminado, o feto e a placenta podem estar presentes.

Apesar dos sintomas citados acima serem relativamente comuns em casos de aborto espontâneo, algumas mulheres podem passar pela situação sem ao menos saberem que estiveram grávidas. São casos em que nenhum sintoma é relatado ou os sangramentos e cólicas são confundidos com o ciclo menstrual.

Como evitar o aborto espontâneo?

A prevenção de abortos espontâneos, quando possível, depende muito do estilo de vida da mulher. Assim, é possível diminuir a chance de abortamentos em situações em que a saúde da mulher afeta diretamente a saúde do feto. Alguns hábitos que podem ser adotados são:

  • Alimentação saudável, nutritiva e variada;
  • Prática regular de exercícios físicos;
  • Abandonar o tabagismo, alcoolismo e uso de substâncias nocivas;
  • Evitar o consumo excessivo de cafeína;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Fazer acompanhamento periódico com um especialista;
  • Atenção a sintomas que podem indicar alterações na função reprodutiva.

É importante lembrar que adotar estes hábitos não dão garantia de que o aborto espontâneo será evitado, mas são maneiras de diminuir as chances de que o incidente aconteça.

Tipos de aborto espontâneo

Os abortos espontâneos são divididos em dois grandes grupos, quanto à semana de gestação em que ocorrem:

  • Aborto precoce: até a 12ª semana de gravidez.
  • Aborto tardio: até a 20ª semana de gravidez.

Além dessa classificação, o aborto espontâneo pode ser nomeado de acordo com a forma com que os eventos se sucedem:

  • Aborto inevitável: quando há sangramento, dilatação do colo uterino e contração do útero.
  • Aborto completo: quando todo o material do feto e da placenta são expulsos do útero.
  • Aborto incompleto: quando parte do material ainda continua no interior uterino.
  • Aborto retido: quando o embrião e a placenta permanecem inteiramente no útero, mas sem desenvolvimento (sem sinais de vitalidade). Em alguns casos, pode sequer haver formação de estruturas embrionárias.
  • Aborto séptico: quando é associado ou promove alguma infecção uterina.

Além dos tipos citados de aborto espontâneo, existe também a ameaça de aborto: quando são identificados indícios de que o abortamento está prestes a acontecer, mas ainda há sinal de gravidez.

Tratamentos

Os tratamentos em relação ao aborto espontâneo visam a devida recuperação da estrutura uterina e do estado geral da mulher. Casos de aborto completo não necessitam de tratamento cirúrgico específico, além de uma avaliação geral da paciente, incluindo status físico e emocional.

Casos de abortos incompletos ou de abortos retidos usualmente necessitam de procedimentos cirúrgicos para a remoção do material, tais como a aspiração manual intrauterina (A.M.I.U.) ou a curetagem uterina. Em alguns casos, pode ocorrer a eliminação espontânea completa do material, sendo necessário apenas o acompanhamento clínico e ultrassonográfico.

Quando se pode engravidar novamente?

O questionamento mais comum das mulheres que passaram por aborto espontâneo é a respeito da possibilidade de uma nova gravidez. O risco de novos abortos depende de quantas vezes eles ocorreram previamente. Mulheres que sofreram mais de um aborto espontâneo têm mais chances de sofrerem um novo episódio, em comparação àquelas que sofreram apenas uma vez.

Ainda assim, é possível engravidar novamente, desde que com acompanhamento adequado. A tentativa para uma nova gravidez deve começar após o primeiro ciclo menstrual depois do abortamento, que geralmente ocorre dentro de 4 a 6 semanas. Esse prazo é necessário para evitar qualquer complicação ou infecção.

Gravidezes que ocorrem em até seis meses após o quadro de aborto espontâneo têm maiores chances de sucesso. De qualquer maneira, é importante que a monitorização de uma nova gravidez após o aborto seja feita com acompanhamento médico mais cuidadoso.

Entre em contato com os especialistas da clínica BedMed e saiba mais sobre esse e outros assuntos.

Fontes:

Clínica de Reprodução Humana BedMed;

Manual MSD;

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – Febrasgo.

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