Índice:
- O que é a vacina contra o HPV e para que serve?
- Quem pode tomar a vacina contra o HPV?
- Qual é a importância da vacina contra o HPV?
- Quais são os possíveis efeitos colaterais da vacina?
- Quem não pode tomar a vacina contra o HPV?
O papiloma vírus humano, conhecido pela sigla em inglês “HPV”, tem alta incidência no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento, com o apoio do Ministério da Saúde, foi constatado que mais da metade da população brasileira sexualmente ativa (54,6% de pessoas entre 16 e 25 anos) é portadora do vírus em questão. O alto índice de infecção, além de estar correlacionado com a falta do uso de preservativo durante as relações sexuais, tem ligação direta com a falta de entendimento da população em relação à importância da vacina contra o HPV.
A relação sexual não é a única forma de contágio do HPV, sendo que a contaminação também pode ocorrer, em menor frequência, pelo contato com a pele/mucosa infectada ou por meio de transmissão vertical no momento do parto (da mãe ao bebê durante o parto). Por isso, tanto o Ministério da Saúde como as demais entidades ligadas a área da saúde têm promovido diversas campanhas para ressaltar a importância da vacina contra o HPV.
Uma das preocupações com relação à infecção pelo vírus HPV refere-se à predisposição das pacientes desenvolverem lesões precursoras do câncer. 99% dos casos de câncer de colo do útero tem relação direta com a infecção pelo HPV. As estatísticas nacionais relatam que o câncer de colo uterino é o quarto tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o Brasil.
Imagem ilustrativa da vacina contra o HPV
Por vezes assintomático, o HPV tem mais de 150 subtipos distintos de vírus, sendo que cerca de 40 deles infectam a região da genitália e podem progredir para seis tipos de cânceres, sendo eles:
- Câncer de colo de útero;
- Câncer de vulva;
- Câncer de vagina;
- Câncer de pênis;
- Câncer de ânus;
- Câncer de orofaringe.
Segundo o Ministério da Saúde, os subtipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59 são os que trazem maior predisposição ao desenvolvimento dos tipos de câncer que foram mencionados. Por isso, esses subtipos de vírus HPV são chamados de subtipos de alto risco.
Tais dados reforçam a importância da vacina contra o HPV, sendo que ela pode ser administrada em adolescentes do sexo masculino e feminino e impedem a infecção primária pelo HPV, evitando o desenvolvimento de doenças mais graves.
Para ressaltar a importância da vacina contra o HPV, os ginecologistas da clínica BedMed responderam as principais perguntas correlacionadas à imunização contra o HPV. Confira:
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O que é a vacina contra o HPV e para que serve?
Desde 2014, o Ministério da Saúde, em parceria com diversas instituições privadas, uniram esforços para conseguir nacionalizar a produção da vacina que protege meninos e meninas contra a infecção causada pelos principais e mais frequentes subtipos de HPV no país. Desde a introdução da campanha de vacinação gratuita até os dias atuais, a estimativa do governo brasileiro é que apenas 48,7% da população entre 9 a 14 anos (meninos e meninas) foram imunizados.
A falta de conhecimento sobre a importância da vacina contra o HPV somada a um certo preconceito impede que esse número cresça de maneira exponencial. Esse preconceito refere-se à idade preconizada para imunização, sendo que alguns acreditam que tal medida induziria os pré-adolescentes e adolescentes a iniciarem suas vidas sexuais de forma mais prematura.
A intenção do Ministério da Saúde e demais instituições é impedir que os mais jovens tenham contato com um determinado subtipo do vírus, diminuindo, dessa forma, o risco do desenvolvimento dos cânceres que já foram mencionados.
Quem pode tomar a vacina contra o HPV?
Por se tratar de uma iniciativa que quer impedir que meninos e meninas tenham contato com o papiloma vírus humano, a vacina contra o HPV pode ser tomada de forma gratuita por meninas e meninos com idade entre 9 até 14 anos de idade. Essa idade é estipulada a pacientes que procuram a rede pública de saúde. A vacina é administrada nos postos de saúde do Sistema Básico de Saúde (SUS). Quando a vacina é aplicada no sistema particular, os médicos orientam que a mesma seja aplicada até os 26 anos de idade. Porém, estudos atuais demonstram que a vacina confere proteção para idades mais avançadas também.
Quando houver indicação médica, essa idade pode variar tanto aos homens quanto às mulheres. Entretanto, após o início da vida sexual, a chance de contato com o HPV é maior, o que pode reduzir a eficácia da vacina. Em pacientes que nunca tiveram contato com o vírus, a imunização é 100% eficaz. Entretanto, para pacientes que já ficaram expostos ao vírus, esse índice pode reduzir em até 40%.
Outro dado importante é que pessoas que já foram contaminadas com o vírus podem tomar a vacina, pois isso evitará o contágio por meio de outros subtipos de papiloma vírus humano.
Qual é a importância da vacina contra o HPV?
A resposta para a importância da vacina contra o HPV é simples. Com ela é possível evitar o surgimento de novos casos de câncer — colo de útero, vulva, vagina, pênis, ânus e de orofaringe —, além de diminuir a transmissão e a circulação do vírus em nossa população.
No Brasil os pacientes têm acesso à vacina quadrivalente, que promove imunização contra os quatro principais subtipos de vírus HPV – 6, 11, 16 e 18. Os subtipos 6 e 11 são os principais responsáveis pelo surgimento das verrugas genitais (condilomas), enquanto os subtipos 16 e 18 são os principais responsáveis pelo surgimento de lesões precursoras do câncer.
Quais são os possíveis efeitos colaterais da vacina?
Por mais que se ressalte a importância da vacina contra o HPV, é necessário salientar também que ela pode vir a ocasionar alguns efeitos colaterais, sendo os mais comuns:
- Vermelhidão e endurecimento da pele no local da aplicação da vacina;
- Dor de cabeça;
- Tonturas;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Febre baixa.
Porém, todos os efeitos tendem a ser transitórios e de curta duração.
Quem não pode tomar a vacina contra o HPV?
Por mais segura que a vacina contra o HPV seja, existe um grupo específico que não deve fazer o uso da mesma: gestantes, alérgicos aos componentes da vacina (qualquer alergia deve ser previamente informada ao médico), pacientes portadores de febre e pacientes que apresentem redução do número de plaquetas e que tenham problemas de coagulação.
Como já mencionado, é importante que as campanhas evidenciem a importância da vacina contra o HPV. Mais do que minimizar o contágio dessa doença sexualmente transmissível, a vacina é capaz de diminuir a incidência do câncer de colo do útero, considerado o quarto tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, além de outros tipos de cânceres.
Fontes de referência: