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Tratamento para Corrimento Vaginal

Você sabe o que é corrimento vaginal?

O corrimento vaginal é uma combinação de fluídos e células continuamente eliminados através do canal vaginal, no intuito de limpar e proteger a vagina. A cor e a consistência do corrimento vaginal varia – desde corrimento branco grumoso até corrimento fluído entre os seus ciclos menstruais – a depender do seu estágio de vida reprodutiva.

Uma pequena quantidade de corrimento vaginal fisiológico deve ser considerada comum. Entretanto, caso o corrimento vaginal tenha um odor fétido ou venha acompanhado de dor/prurido, isso pode ser um sinal de alguma doença.

Causas mais comuns de corrimento vaginal

A maioria das causas de corrimento vaginal – tais como candidíase vaginal ou vaginose bacteriana – é relativamente benigna, porém pode causar muito desconforto.

O corrimento vaginal acentuado também pode ser um sintoma comum entre algumas doenças sexualmente transmissíveis. Como essas infecções podem ser transmitidas para os parceiros sexuais – ou podem se disseminar através do útero, ovários e tubas uterinas – o diagnóstico e o tratamento precoce são importantes.

Em alguns casos, o corrimento vaginal amarronzado ou até mesmo tingido por coloração vermelha pode ser um sinal de câncer de colo uterino. Pacientes com múltiplos parceiros sexuais e com sangramento após a relação sexual devem ficar atentas a esses sinais e deve procurar seu ginecologista para esclarecer eventuais dúvidas.

Conheça abaixo outras doenças infecciosas:

Vaginose bacteriana

É um tipo de inflamação do canal vaginal proveniente da proliferação de diversos tipos de bactérias que habitam naturalmente o canal vaginal, gerando um desbalanço da flora vaginal considerada normal. Esse corrimento não é causado por um único microorganismo.

As mulheres em idade reprodutiva são comumente afetadas pela vaginose bacteriana, porém mulheres de qualquer idade podem apresentar esse tipo de corrimento. Os médicos não sabem a causa exata do surgimento da vaginose bacteriana, porém certas atividades, tais como relação sexual desprotegida ou uso de duchas vaginais, aumentam o risco do aparecimento desse corrimento.

Sintomas

A vaginose bacteriana pode apresentar uma série de sinais e sintomas, dentre os quais:

  • Corrimento vaginal branco fluído;
  • Corrimento com odor fétido (que piora principalmente após a relação sexual – odor semelhante a peixe);
  • Ardor durante a micção;
  • Irritação do canal vaginal.

Entretanto muitas mulheres com vaginose bacteriana não apresentam nenhum sinal ou sintoma (cinquenta a setenta e cinco por cento das mulheres com vaginose bacteriana são assintomáticas).

Causas

A vaginose bacteriana resulta do crescimento de diversas bactérias que frequentam habitualmente o canal vaginal. Usualmente, as “boas” bactérias (lactobacilos) estão em maior número do que as bactérias “ruins” (anaeróbias) dentro da vagina. Caso as bactérias anaeróbias estejam em número aumentado, elas causam um desbalanço da flora vaginal, resultando na vaginose bacteriana.

Prevenção

Algumas medidas podem ser realizadas para reduzir a incidência de vaginose bacteriana:

  • Minimize a irritação do canal vaginal: realize a limpeza da genitália externa e seque bastante a região após o banho. O uso de sabonetes íntimos de forma diária não deve ser realizado. Evite utilizar roupas que aumentam a umidade da vagina;
  • Não realize duchas vaginais: o canal vaginal não precisa de mais limpeza, além do banho regular. O uso de duchas vaginais altera a flora vaginal normal e pode aumentar o risco de infecções vaginais;
  • Evite o contato com doenças sexualmente transmissíveis: utilize preservativo durante as relações sexuais.

Quando procurar um médico

Você deverá procurar um médico ginecologista caso apresente novos sintomas vaginais ou se:

  • Você nunca teve infecção vaginal. Procurar um médico irá auxiliar a determinar a causa e identificar os sinais e sintomas dos principais tipos de corrimento vaginal;
  • Você já teve infecção vaginal, porém esses sintomas atuais parecem diferentes;
  • Você teve múltiplos parceiros sexuais ou um parceiro sexual recente. Você pode ter obtido uma doença sexualmente transmissível. Os sinais e sintomas de algumas doenças sexualmente transmissíveis podem ser similares à vaginose bacteriana;
  • Você tentou o tratamento pensando em corrimento por candidíase com um número ilimitado de medicações anti-fúngicas e os seus sintomas persistem ou você está apresentando febre ou você está com odor vaginal fétido.

Fatores de risco do corrimento vaginal

Os principais fatores de risco para o surgimento de vaginose bacteriana são:

  • Múltiplos parceiros sexuais ou novo parceiro sexual: a conexão entre atividade sexual e vaginose bacteriana não está inteiramente definida, porém a vaginose bacteriana acontece com maior frequência entre mulheres que apresentam múltiplos parceiros sexuais ou um novo parceiro sexual. A vaginose bacteriana também parece ter uma frequência aumentada entre casais homoafetivos;
  • Duchas vaginais: a prática de lavar o canal vaginal ou utilizar agentes de limpeza (duchas) altera a flora vaginal normal. Isso pode causar um crescimento acentuado de bactérias anaeróbias e, consequentemente, vaginose bacteriana. Como o canal vaginal apresenta um processo natural de limpeza, o uso de duchas vaginais não é necessário;
  • Diminuição natural de lactobacilos: caso seu ambiente vaginal não produza um número suficiente de lactobacilos, você apresentará um maior risco de desenvolver esse tipo de corrimento.

Complicações do corrimento vaginal

Geralmente a vaginose bacteriana não causa complicações. Sob certas circunstâncias, a vaginose bacteriana pode causar:

  • Partos prematuros: em gestantes, a vaginose bacteriana está correlacionada com uma maior incidência de partos prematuros e baixo peso do recém-nascido ao nascimento;
  • Doenças sexualmente transmissíveis: a presença de vaginose bacteriana demonstra que a mulher apresenta maior susceptibilidade a contrair doenças sexualmente transmissíveis, tais como HIV, herpes genital, clamídia, gonorreia ou HPV;
  • Aumento do risco de infecção cirúrgica após cirurgia ginecológica: a presença de vaginose bacteriana pode estar associada com um risco aumentado de infecção pós-cirúrgica, principalmente em procedimentos como histerectomia ou dilatação e curetagem uterina;
  • Doença inflamatória pélvica: é uma infecção ascendente que acomete o útero e as tubas uterinas e que pode aumentar o risco de infertilidade.

Diagnóstico de corrimento vaginal

Para realizar o diagnóstico de vaginose bacteriana é necessário:

  • Questionar seus antecedentes patológicos: especificamente sobre infecções genitais anteriores ou doenças sexualmente transmissíveis;
  • Realizar um exame pélvico ginecológico: durante a realização desse exame, seu médico irá avaliar sua genitália externa, procurando por sinais de infecção genital. Posteriormente ele deverá realizar o toque bimanual para avaliar os órgãos pélvicos e a questão da dor à mobilização das estruturas localizadas na região pélvica;
  • Realizar coleta de secreção do canal vaginal: serve para avaliar a presença de bactérias anaeróbias em número aumentado dentro do canal vaginal. A utilização do microscópio é essencial para procura das “clue cells” (células vaginais cobertas por bactérias) e a realização de pH vaginal demonstra um escore acima de 4,5 (característica do corrimento vaginal causado pela vaginose bacteriana).

Tratamento do corrimento vaginal

Para o tratamento da vaginose bacteriana, seu médico deverá prescrever uma das medicações abaixo indicadas:

  • Metronidazol: essa medicação pode ser tomada por via oral. Também está disponível na forma de creme vaginal. Para evitar alterações gástricas, dores abdominais ou náuseas durante a ingestão dessa medicação, é recomendado abstinência alcoólica durante o tratamento;
  • Clindamicina: essa medicação está disponível na forma de creme vaginal. Pode enfraquecer o látex do preservativo, facilitando a ruptura do mesmo durante o ato sexual realizado durante o período do tratamento e até três dias após a parada da medicação.

Geralmente não é necessário o tratamento dos parceiros sexuais. É extremamente importante que gestantes com vaginose bacteriana sejam diagnosticadas e tratadas de forma precoce.

Apesar do tratamento ser efetivo, é comum a recorrência desse tipo de corrimento vaginal em cerca de três a doze meses após o término do tratamento. Os pesquisadores estão avaliando regimes de tratamento para vaginose bacteriana de repetição. Caso você tenha novos sintomas após o término do tratamento, converse com seu médico sobre outras opções de tratamento. Um exemplo é o uso extendido de metronidazol.

Uma opção para evitar a recorrência dessa doença é a terapia de colonização por lactobacilos – possivelmente realizada por meio da ingestão de iogurtes ou comidas contendo um número aumentado de lactobacilos. Sempre avaliar os riscos e os benefícios de utilizar uma terapia próbiota.

Tricomoníase

Tricomoníase é uma infecção transmitida pelo contato sexual e ocasiona um corrimento vaginal abundante, de coloração variada, bolhoso e de odor fétido. Outros sinais e sintomas incluem prurido e/ou irritação vulvar, vermelhidão da mucosa vaginal, dor na relação sexual, dor pélvica e dor ao urinar. Os homens portadores de tricomoníase geralmente não apresentam sintomas. Gestantes portadoras de tricomoníase apresentam um risco aumentado de desenvolver trabalho de parto prematuro.

A tricomoníase é causada por um protozoário denominado Tricomonas vaginalis e sua transmissão é virtualmente sempre ocasionada pelo contato sexual.

Para prevenir a reinfecção pelo mesmo organismo, ambos os parceiros devem ser tratados. O tratamento mais comum da tricomoníase envolve a tomada de uma megadose de Metronidazol. Você pode reduzir o risco de infecção utilizando preservativo corretamente em todas as relações sexuais.

Sintomas

Muitas mulheres e homens com tricomoníase não apresentam sintomas, pelo menos não nos primeiros dias. Os sinais e sintomas da tricomoníase na mulher incluem:

  • Corrimento vaginal abundante e de odor fétido – sua coloração pode ser variada, desde esbranquiçada até esverdeada;
  • Vermelhidão da genitália, ardor e prurido genital;
  • Dor ao urinar ou dor na relação sexual (dispareunia).

Os sintomas podem piorar durante a menstruação. Vale lembrar que existem mulheres portadoras de tricomoníase que são assintomáticas. Os homens raramente apresentam sintomas, porém, quando isso acontece, a dor ao urinar é o mais usual.

Prevenção

O método de prevenção para tricomoníase é o mesmo das outras doenças sexualmente transmissíveis, ou seja, uso correto de preservativos durante as relações sexuais.

Quando procurar um médico

Procure seu médico caso você tenha um corrimento vaginal em grande quantidade de odor fétido que acarreta dor ao urinar ou dor durante a relação sexual.

Causas

A tricomoníase é causada por um protozoário chamado Tricomonas vaginalis. Ele se propaga durante as relações sexuais. O período de incubação desde a exposição até o surgimento dos sintomas pode variar de quatro a vinte e oito dias.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco são:

  • Múltiplos parceiros sexuais;
  • Histórico de outras doenças sexualmente transmissíveis;
  • Episódio prévio de tricomoníase.

Complicações

As gestantes portadoras de tricomoníase podem apresentar:

  • Trabalho de parto prematuro;
  • Recém-nascido com baixo peso ao nascimento;
  • Transmissão vertical da doença para o bebê (passagem do protozoário pelo canal de parto).

As pacientes portadoras de tricomoníase apresentam maior facilidade em contrair infecção causada pelo HIV, o vírus causador da AIDS.

Diagnóstico

O diagnóstico da tricomoníase pode ser feito pela observação de uma amostra de corrimento vaginal da mulher ou amostra urinária do homem sob a visualização do microscópio. O crescimento do protozoário em cultura também pode ser um excelente exame para diagnóstico da doença. Novos testes diagnósticos estão sendo processados, como por exemplo, a detecção de um antígeno específico da tricomoníase.

Tratamento

O tratamento mais comumente empregado para tricomoníase é a administração de alta dosagem de Metronidazol ou Tinidazol. O tratamento por via oral é muito mais efetivo do que o tratamento por cremes vaginais.

O tratamento deve ser realizado no casal e o mesmo deverá utilizar preservativo durante as relações sexuais por pelo menos uma semana (período necessário para a cura da infecção). Não há necessidade de confirmação diagnóstica do parceiro.

Os principais efeitos colaterais do tratamento são:

  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Dores de cabeça;
  • Gosto metálico na boca;
  • Mal estar.

A ingestão de bebidas alcoólicas deve ser evitada por até 24 horas após o término do tratamento com Metronidazol ou por até 72 horas após o término do tratamento com Tinidazol, porque pode ocasionar náuseas severas e até vômitos.

Candidíase vaginal

A candidíase vaginal é um tipo de vaginite – inflamação do canal vaginal – caracterizado por irritação vaginal, prurido genital intenso e corrimento vaginal esbranquiçado ou amarelado. A candidíase vaginal acomete a vagina e o tecido de abertura do canal vaginal (vulva). A cândida albicans é o agente etiológico mais comum (90% dos casos).

A candidíase é muito comum. Pelo menos 75% das mulheres terão uma infecção por cândida durante todo o período da sua vida. A maioria das mulheres apresenta dois ou mais episódios.

A infecção por cândida não é considerada uma doença sexualmente transmissível, apesar do fungo que causa a doença poder ser disseminado por contato oral-genital. O tratamento é simples e geralmente efetivo, exceto nos casos de candidíase vaginal de repetição – quatro ou mais episódio em um ano. Nesse caso, você deverá realizar um tratamento de longa duração (tratamento de manutenção).

Sintomas

A infecção por cândida pode apresentar um quadro clínico de intensidade variável. Os sinais e sintomas podem ser:

  • Prurido e irritação no canal vaginal e na vulva;
  • Sensação de queimação, especialmente durante a relação sexual ou durante a micção;
  • Vermelhidão e escoriação na vulva;
  • Dor vaginal;
  • Corrimento vaginal abundante, inodoro, de coloração esbranquiçada e com aspecto de leite talhado.

Os casos de candidíase vaginal severa são caracterizados por:

  • Sinais e sintomas severos, tais como extensa vermelhidão, prurido e ardor genital que levam a fissuras ou escoriações genitais;
  • Candidíase vaginal de repetição – 4 ou mais episódios por ano;
  • Infecção causada por outro tipo de cândida (cândida não albicans);
  • Candidíase na gestação;
  • Candidíase em pacientes com diabetes mellitus descontrolada;
  • Candidíase em pacientes com baixa imunidade (em decorrência do uso de medicações ou de outras doenças).

Quando procurar um médico

A sua consulta médica deverá ser agendada se:

  • Você apresentar sinais e sintomas sugestivos de candidíase vaginal pela primeira vez;
  • Você não tem certeza se está com corrimento vaginal ocasionada por cândida;
  • Você não apresentou melhora do corrimento vaginal, mesmo após o uso de cremes vaginais anti-fúngicos;
  • Você começa a desenvolver outros sintomas.

Causas

A candidíase vaginal é causada por um fungo denominado cândida. A cândida é um microorganismo que está normalmente presente dentro do seu canal vaginal, em conjunto com diversas outras bactérias. Sua vagina contém naturalmente uma diversidade de fungos e bactérias. Os lactobacilos contrabalanceiam a proliferação dos fungos dentro da vagina (eles produzem ácido lático a partir do glicogênio e esse mecanismo mantém a acidez do canal vaginal adequada – pH em torno de 4,5). Se houver um desbalanço na proliferação de cândida, isso resulta em um quadro de candidíase vaginal. A proliferação exacerbada de cândida pode ocasionar irritação vaginal, sensação de queimação e outros sinais e sintomas clássicos de infecção fúngica.

A proliferação acentuada de cândida pode ocorrer por:

  • Uso de antibiótico – resulta no decréscimo de lactobacilos no canal vaginal e mudança do pH que permite um ambiente favorável para propagação dos fungos;
  • Gestação;
  • Diabetes mellitus descontrolada;
  • Obesidade;
  • Uso de glicocorticoides e imunossupressores;
  • Vestuário inadequado (roupas de lycra e mal ventiladas);
  • Doenças auto-imunes ou alteração da imunidade (mesmo que temporária);
  • Uso de ducha ou sabonete íntimo diário.

Geralmente a candidíase vaginal é ocasionada pela proliferação de cândida albicans. Às vezes, entretanto, um tipo diferente de cândida pode ocasionar o corrimento. O tratamento clássico para candidíase vaginal é adequado para cândida albicans, porém geralmente não é eficaz como terapia para cândida não albicans.

A infecção por cândida pode ser transmitida por forma sexual, especialmente através do contato genital-oral. Entretanto, a candidíase não é considerada uma doença sexualmente transmissível porque pode acometer mulheres que nunca tiveram relação sexual (faz parte da flora vaginal).

Fatores de risco

Os fatores de risco que aumentam a incidência de candidíase são:

  • Uso de antibiótico: é comum o surgimento de candidíase vaginal em mulheres que estão utilizando antibiótico, pois essa medicação acaba matando as bactérias do canal vaginal, alterando o pH vaginal e, consequentemente, favorecendo o crescimento dos fungos;
  • Níveis elevados de estrogênio: parece haver uma correlação entre a candidíase vaginal e doses elevadas de estrogênio. Isso pode ser demonstrado pelo aumento da incidência de candidíase em mulheres grávidas, usuárias de pílulas anticoncepcionais de alta dosagem ou usuárias de terapia de reposição hormonal;
  • Diabetes mellitus descontrolada: a incidência de candidíase vaginal entre mulheres portadoras de diabetes descontrolada (com níveis irregulares de açúcar no sangue) é maior quando comparada à mulheres que não têm diabetes;
  • Alteração do sistema imunológico: mulheres portadoras de baixa imunidade – tais como usuárias de corticoide ou com infecção pelo HIV – apresentam quadros de candidíase vaginal com maior frequência;
  • Atividade sexual: apesar de não ser considerada doença sexualmente transmissível, uma forma de contrair a candidíase é por meio da relação sexual.

Diagnóstico

Para realizar o diagnóstico de candidíase vaginal, seu médico deverá seguir alguns passos da propedêutica inicial:

  • Realizar questionamentos a respeito do seu passado médico: inclui informações sobre corrimentos vaginais pregressos ou doenças sexualmente transmissíveis;
  • Realizar o exame pélvico ginecológico: seu médico deverá realizar avaliação da genitália externa a procura de sinais como vermelhidão ou escoriação vulvar. Depois deverá ser realizado o exame especular (introdução de um aparelho denominado espéculo dentro do canal vaginal) para avaliar a presença de corrimento vaginal e analisar suas características. O corrimento em geral apresenta características típicas: branco, grumoso, inodoro com aspecto caseoso (nata de leite) ou similar a queijo cottage. Uma amostra do corrimento pode ser coletada para análise de hifas sob visualização microscópica;
  • Cultura de secreção vaginal: em casos de candidíase vaginal de difícil tratamento ou com grande recorrência, seu médico deverá enviar uma amostra do corrimento vaginal para análise. Deve ser realizada uma pesquisa para diferenciar os diferentes tipos de cândida presentes na amostra.

Tratamento

O tratamento de candidíase vaginal depende do tipo de infecção: complicada ou não complicada.

Candidíase vaginal não complicada

Para sintomas leves ou moderados e nos casos de episódios infrequentes em mulheres saudáveis e não gestantes, o médico deverá prescrever:

  • Uso de terapia vaginal de pequena duração: uma única aplicação ou um regime de aplicação diário por três dias realizado por cremes antifúngicos, supositórios ou óvulos vaginais pode ser efetivo para o tratamento da candidíase vaginal. As medicações de escolha fazem parte da família dos “azois”, sendo os principais: clotrimazol, miconazol, tioconazol ou butoconazol.
  • Uso de terapia oral de dose única: seu médico poderá prescrever tratamento por via oral em dose única (um único comprimido) de Fluconazol.

Realize o seguimento ginecológico periódico caso seu tratamento tenha sido finalizado e os seus sintomas não tenham sumido ou caso os sintomas retornem logo após o término do tratamento.

Candidíase vaginal complicada

O tratamento para candidíase vaginal complicada deve ser introduzido de forma precoce:

  • Uso de terapia vaginal de longa duração: o tratamento vaginal para candidíase vaginal complicada inclui o uso de medicações da família dos “azois” na forma de supositórios, cremes ou óvulos vaginais por um período de cerca de quatorze dias;
  • Uso de terapia oral de múltiplas doses: a utilização de um comprimido de Fluconazol por semana durante seis meses é recomendada nos casos de candidíase vaginal de repetição. Não é recomendado para gestantes.

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