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Ovodoação: quando recorrer a este tratamento?

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Ovodoação: quando recorrer a este tratamento?

Imagem: Shutterstock

Saiba quem pode engravidar com óvulos doados

A ovodoação é um ato de generosidade de uma mulher que cede alguns de seus óvulos para que outros casais os utilizem no tratamento de alta complexidade em Reprodução Assistida. Lá, eles são fecundados em ambiente laboratorial e, posteriormente, os embriões são inseridos no interior do útero da mulher que está desejando uma gravidez.

A doação de óvulos é uma técnica de Reprodução Assistida na qual a receptora realiza um procedimento de fertilização in vitro (FIV) onde é utilizado o óvulo de uma doadora que é fecundado pelo espermatozoide de seu parceiro ou de um doador, em laboratório.

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Quais são os tipos de ovodoação?

A ovodoação pode ser voluntária ou compartilhada.

Doação compartilhada: a doação de óvulos compartilhada é um processo no qual uma paciente (doadora) que também está em tratamento de FIV fornece parte de seus gametas para outra mulher (receptora) em tratamento. A doadora adquire um desconto no custo da fertilização in vitro, pois parte do tratamento é pago pela receptora.

No caso específico da doação compartilhada, segundo as regras do Conselho Federal de Medicina (CFM), a escolha das doadoras de óvulos é de responsabilidade do médico-assistente e da clínica. Dentro do possível, a equipe deve selecionar a doadora que tenha a maior semelhança fenotípica com a receptora, que deve dar sua anuência à escolha. Esse processo é feito de forma anônima, ou seja, a identidade de ambas é preservada.

Doação voluntária: neste tipo de ovodoação, a doação dos óvulos é feita por uma mulher de até 37 anos, sem problemas de fertilidade e em boas condições de saúde, com o objetivo de ajudar pessoas com dificuldades para ter filhos. Dessa forma, a doadora se submete a um processo de estimulação ovariana e coleta dos óvulos, que serão congelados, até que sejam requeridos pela clínica.

Quais são os requisitos para ser uma doadora de óvulos?

Para fazer uma doação de óvulos a mulher deve:

  • Ter até 37 anos de idade;
  • Bom potencial reprodutivo;
  • Não possuir doenças genéticas hereditárias;
  • Não ter doenças infectocontagiosas;
  • Realizar os exames solicitados que comprovem a sua saúde;
  • Não receber nenhuma vantagem monetária.

Quando recorrer à ovodoação?

Há diversas situações nas quais a gravidez com doação de óvulos pode ser indicada. São elas:

  • Mulheres em idade avançada;
  • Falência ovariana precoce;
  • Mulheres que se submeteram a tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia, e que não realizaram congelamento prévio de óvulos ou embriões;
  • Mulheres que passaram por cirurgias para retirada dos ovários;
  • Risco de transmissão de doenças genéticas;
  • Falhas em tratamentos anteriores de fertilização in vitro com uso de óvulo próprio;
  • Casais homoafetivos masculinos.

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Quais são as chances de engravidar com óvulos doados?

As chances de uma mulher de 40 anos ou mais engravidar com ovodoação no tratamento de fertilização in vitro podem chegar a até 60%; com óvulos próprios, essa taxa é variável e depende de uma série de fatores.

Existem riscos na doação de óvulos?

A doação de óvulos é um procedimento seguro, em que tanto a doadora quanto a receptora são acompanhadas a todo momento por uma equipe especializada.

Para a doadora, complicações podem ocorrer, especialmente no que diz respeito ao tratamento de estimulação ovariana, no qual são administrados medicamentos hormonais para que um maior número de óvulos maduros seja liberado em um único ciclo.

As principais complicações incluem:

  • Dor de cabeça;
  • Dor no local da aplicação do medicamento;
  • Desconforto abdominal;
  • Mudanças de humor;
  • Hiperestimulação ovariana.

Como nenhum desses efeitos colaterais é considerado grave (exceto a hiperestimulação ovariana grave), a mulher pode realizar a doação de óvulos sempre que desejar.

Outra preocupação que algumas mulheres têm é em relação à reserva ovariana e se a doação pode fazer com que a doadora tenha dificuldades para engravidar no futuro.

Não existe esse risco, pois os óvulos liberados no ciclo seriam descartados se não fossem utilizados e fecundados.

Já para a receptora, os riscos são os mesmos da fertilização in vitro, incluindo: gestação ectópica (implantação do embrião fora do útero) e gestação gemelar, pois normalmente se transfere mais de um embrião, aumentando as chances de uma gravidez de gêmeos.

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato com a clínica BedMed.

 

Fontes:

Conselho Federal de Medicina (CFM)

Clínica BedMed

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)

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