Apesar de ser um processo totalmente fisiológico, a gestação pode trazer inúmeras complicações de saúde, tanto para a mãe, quanto para o bebê.
Em outras épocas, quando não existia o acompanhamento pré-natal, os resultados da gestação eram drásticos: maior mortalidade materna e fetal, maior incidência de hemorragia pós-parto, maior taxa de infecção puerperal, aumento da incidência de partos prematuros, maior incidência de nascimento de bebês pequenos para a idade gestacional, além de maior taxa de abortamentos espontâneos.
Com o avanço da Medicina, essas taxas diminuíram significativamente. Atualmente, a mulher tem todo um amparo médico desde o momento em que há a suspeita da gravidez, até o término do período puerperal.
Os exames e as consultas do pré-natal são a base para que uma gestação ocorra de maneira saudável.
Índice
Pré-natal: um monitoramento da saúde!
Ir ao médico com frequência é importante para qualquer pessoa, em qualquer ocasião. O famoso “exame de rotina” pode prevenir diversas doenças crônicas, tais como a hipertensão, a diabetes, problemas cardíacos ou, até mesmo, o câncer. O mesmo acontece com o seguimento médico pré-natal.
Essas visitas frequentes ao obstetra têm como objetivo monitorar a saúde da mãe e do bebê. Dessa maneira, o médico irá obter e avaliar informações importantes sobre a gestante e o feto, por meio da história clínica, avaliação do exame físico e análise dos exames subsidiários (exames laboratoriais e exames de imagem).
O obstetra irá verificar a pressão arterial, o peso e analisar outros dados do organismo da gestante. Com relação ao bebê, o seu desenvolvimento será acompanhado por meio da realização da ultrassonografia seriada ou por meio de outros exames que avaliam a vitalidade fetal, tal como a cardiotocografia. Atualmente, a ultrassonografia consegue determinar o risco do bebê ser portador de alguma possível alteração cromossômica, avaliar o peso fetal estimado ao nascimento e checar as condições de saúde do bebê no interior do útero.
Pré-natal: quando começar?
Idealmente, a paciente sempre deve buscar o auxílio de um médico ginecologista para realizar a avaliação pré-concepcional antes de iniciar as tentativas para obter a gestação. Essa avaliação permite analisar a condição de saúde da paciente e serve para orientar a atualização da carteira de vacinação, introdução de ácido fólico, no intuito de reduzir a incidência de mielomeningocele fetal, além de avaliar o status nutricional da paciente.
Caso a paciente não tenha realizado a avaliação pré-concepcional, recomenda-se que procure o auxílio de um médico obstetra no momento em que descobrir que está grávida (atraso menstrual confirmado + obtenção de um teste de gravidez positivo – geralmente o famoso “teste de farmácia”). Dessa forma, irá começar, imediatamente, os preparativos e a coleta dos primeiros exames para iniciar o seguimento pré-natal.