Agendar primeira consulta
Fale conosco pelo WhatsApp

Obstetra tira dúvidas sobre dengue na gestação

Segundo dados do Mistério da Saúde, mais de 340 cidades estão em estado de alerta devido ao aumento do número de casos de dengue no Brasil.

Foram relatados cerca de 240.000 casos de pessoas infectadas pelo mosquito da dengue no país desde o início do ano. Para se ter uma ideia exata sobre o aumento da incidência da doença, estima-se que o número de infectados dobrou quando comparado aos dados do ano passado.

Devido ao surto existente em nosso país, o assunto está assustando toda a população, mais especificamente as gestantes.

Dengue na Gestação

Este grupo é considerado de risco por culpa das mudanças fisiológicas do organismo materno e sua consequente redução do sistema imunológico.

Os sintomas da dengue se assemelham muito aos da gripe ou qualquer outra virose, mas como é época de epidemia, precisamos redobrar a atenção às alterações do corpo.

Os principais sinais e sintomas podem incluir febre alta de início abrupto, calafrio, dor de cabeça, dor retro-orbitária (em torno dos olhos), dor muscular e nas articulações, diarreia, náuseas e vômitos, perda de apetite, mudança no paladar ou surgimento de placas avermelhadas na pele (em alguns casos).

A dengue é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus que esteja infectada pelo vírus da dengue.

Após a picada, o vírus é lançado na circulação sanguínea materna e se replica. Depois desse período de replicação, que pode durar entre três a cinco dias, começam as manifestações clínicas da doença.

As taxas de transmissão vertical (de mãe para filho) durante a gestação variam de 0,4% a 5%, porém não há relatos de malformações congênitas fetais.

Nos casos mais graves de dengue, podem ocorrer algumas complicações, tais como: descolamento prematuro da placenta, prematuridade, sofrimento fetal, sangramento excessivo e até mesmo morte fetal (nos casos mais graves).

Não existem tratamentos específicos para gestantes com dengue, sendo que o tratamento deve ser voltado para o alívio dos sintomas e correção da desidratação.

O repouso físico é essencial, bem como a administração de medicações antitérmicos e analgésicas quando necessárias.

Nos casos mais graves de dengue, como desidratação extrema ou dengue hemorrágica, a paciente deve ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo necessária a transfusão de líquido e até mesmo sangue, a depender da queda nos níveis de hemoglobina.

Apesar do assunto ser corriqueiro nas mídias de comunicações, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que fazer ou não fazer diante desses casos. Por isso, a equipe de ginecologista da clínica BedMed decidiu abordar as dúvidas mais frequentes sobre o tema:

Durante a gravidez posso usar qualquer tipo de repelente?

Não existem muitos estudos sobre o uso de repelentes durante a gestação, porém você deve sempre ficar atenta com relação às substâncias que compõem o repelente e avaliar as recomendações da ANVISA sobre a viabilidade do uso do produto em gestantes (sempre existe um rotulo no produto).

Geralmente, repelentes constituídos por DEET (dietiltoluamida) com concentração entre 10-50% podem ser considerados seguros, porém o ideal é sempre utilizá-los em baixas concentrações para evitar o surgimento de lesões na pele (muito comum entre as gestantes).

Além disso, repelentes a base de icaridina também podem ser utilizados pelas gravidinhas. Na dúvida, não tenha receio em contatar o seu médico.

Fui diagnosticada com a dengue. Posso amamentar?

Estudos estão em andamento para demonstrar que mulheres que tiveram a doença não transmitiram a mesma para o bebê durante a amamentação.

Aspuérperas infectadas pelo vírus da dengue podem e devem amamentar seus filhos normalmente. A única ressalva é que a paciente deve apresentar uma mínima energia para amamentar, ou seja, nos casos extremos de dengue, em que a paciente se encontra completamente debilitada, a amamentação deve ser evitada.

Em resumo, a dengue não passa pelo leite. Na verdade, pesquisas recentes demonstram que os bebês absorvem anticorpos contra o vírus da dengue durante a amamentação. Essa proteção depende muito da quantidade de mamadas ao dia.

Existe uma fase de maior risco de contrair a dengue durante a gestação?

A dengue pode ocorrer em qualquer período da gestação e as gravidinhas devem sempre ficar muito atentas ao surgimento de novos sintomas.

Qualquer fase é considerada de risco durante a gravidez. Quanto mais precoce for o tratamento, menor a probabilidade de complicações.

É importante relatar sobre todos os sintomas ao seu obstetra. Ao perceber alguns dos possíveis sintomas da doença, você deve realizar o exame sorológico rapidamente e beber muita água, mesmo que não tenha vontade, pois a água ajuda a evitar o risco de choque hipovolêmico – perda de grande quantidade de líquidos ocasionada pela infecção viral.

Em caso de suspeita de dengue, não perca tempo se perguntando “será que é dengue?”. Procure um médico imediatamente e não ingira nenhum tipo de remédio por conta própria. Lembre-se que você está grávida e o cuidado deve ser redobrado para a sua segurança e para o bebê.

Tire suas dúvidas ou agende uma consulta pelo whatsapp

(11) 91934-1697